sábado, 11 de novembro de 2017

CORA CORALINA - TODAS AS VIDAS























Cora Coralina - Todas as Vidas ganha, finalmente, data de estreia. O documentário poético, que mistura realidade e ficção para contar a vida de uma das mais queridas poetas brasileiras, chega aos cinemas em 14 de dezembro. A direção é de Renato Barbieri e a distribuição, da Tucuman Filmes.
O filme de 75 minutos teve sua estreia no Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) em agosto de 2015, nos 30 anos de morte de Cora, e foi exibido depois em outras mostras.
Ele resgata os principais períodos da vida de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas (1889-1985), que ficou conhecida como Cora Coralina. Quatro atrizes se revezam no papel da poeta doceira: Walderez de Barros, que interpreta Cora no final de sua vida; Camila Salles, que faz o papel de sua trisavó aos 5 anos; Maju de Souza, Cora aos 14; e Camila Márdila (premiada em Sundance), aos 21. Teresa Seiblitz também está no elenco.
Livremente inspirado no livro Cora Coralina - Raízes de Aninha, publicado pela Ideias & Letras em 2009, o filme mostra, ainda, imagens da poeta e atrizes diversas lendo seus poemas. 






















          


           FALAS DO TRAILLER DO FILME

Minha vida, meus sentidos, minha estética, todas as vibrações de minha sensibilidade de mulher têm aqui suas raízes. 
Eu sou a menina feia da ponte da Lapa. Eu sou Aninha.

Meus anseios extravasaram a velha casa. Arrombaram portas e janelas e eu me fiz ao largo da vida. Andei por mundos ignotos e cavalguei o corcel branco do sonho. Chorei ali, já do lado mineiro, minhas lágrimas de despedida.

E fui caminhando, caminhando e me nasceram filhos. E foram eles, frágeis e pequeninos, carecendo de cuidados, crescendo devagarinho.

Vestida de cabelos brancos, voltei sozinha à velha casa deserta.

Ajuntei todas as pedras que vieram sobre mim. Teci um tapete floreado e no sonho me perdi. Uma estrada, um leito, uma casa, um companheiro, tudo de pedra.
Entre pedras cresceu a minha poesia. Minha vida: quebrando pedras e plantando flores.
Entre pedras que me esmagavam, levantei a pedra rude dos meus versos.



Fontes: Artigo do Estadão, por Maria Fernanda Rodrigues; Internet















2 comentários:

  1. A vida de Cora Coralina foi muito rica,fez tantas coisas e nos últimos anos encontrou a Poesia.Sorte nossa, pois os seus escritos acalentam nossa alma.

    ResponderExcluir
  2. Assim como seu comentário, cheio de poesia!!!!#todosnamesmasintonia...beijos na alma!

    ResponderExcluir