segunda-feira, 10 de julho de 2017

A ESPADA DE DÂMOCLES (*)

(*)
Hoje,  quero falar do Blog http://espadadedamocles.blogspot.com.br/, da amiga Maria de Lourdes Henrique, que o criou “com a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente”.
Ainda segundo a blogueira supracitada, "o Blog veio para em suave pausa suportar o choque de realidade do nosso dia a dia."
Advogada, por formação, também se dedica ao lúdico.
Por achar interessante o nome do seu Blog, fiz a poesia que segue,


                                     A ESPADA DE DÂMOCLES

Não conhecia, mas li
Uma história interessante
Parece até uma lenda
Mas é muito angustiante
Para o conhecimento de todos
Refere-se à expressão
“A Espada de Dâmocles”.
Parábola moral antiga
Popularizada por Cícero
Filósofo Romano de outrora
Em seu livro Tusculan Disputationes
Escrito em 45,
Ano antigo, antes de Cristo!
Falava de um rei tirânico
Que governava ferrenho
A cidade de Siracusa
Nos séculos IV e V
Séculos idos, bem distantes
Quer dizer, antes de Cristo.
Dionísio II era o rei
Muito poderoso e rico
Porém sem habilidade
Só construiu inimigos
E vivia atormentado
Com medo de ser assassinado.
Era tão grande o pavor
Que lhe tirara a paz
Para dormir, o seu quarto
Por um fosso era isolado.
E para fazer a barba
Somente às suas filhas
Era confiada a navalha.
Mas como em toda a corte
Sempre existe quem bajule
Apareceu logo Dâmocles
Para não fugir o dito
E, demasiadamente, elogiava Dionísio.
Dionísio arreliado
Quis mostrar ao que adulava
Um dia só que fosse
Para ele sentir o gosto
Da agonia que o sondava
E da sorte a si reservada.
Mandou, assim, Dionísio
Servi-lo com todo esmero
Em pratos de ouro e prata
Com comida selecionada
E todo o serviçal
De beleza extraordinária!
Achando tudo perfeito
Dâmocles se deliciava
Até que Dionísio mandou
Uma espada ser pendurada
Sobre a cabeça dele
Apenas por um fio fixada.
Quando deu pelo que viu
O interesse perdeu
Por todo luxo que o cercava
E logo desvaneceu
Não mais estava interessado
Abdicando do posto
De ser tão afortunado.
De tudo o que se leu
Nessas linhas aí acima
Serve para demonstrar
Que a inveja é destrutiva
Pois nem tudo que se vê
Não eleva a própria estima.
Infelizmente é fato
Que quem luta por poder
De forma desmesurada
Se afastando de todos
Corre o risco de perecer
Na ansiedade e nos escombros.
A parábola que foi lida
Com prosa aqui nesses versos
Retrata uma verdade:
O poder até fascina
Mas se faltar equilíbrio
A apreensão é constante
Deixando um pensar lancinante
De que se vive a todo instante
Sob a espada de Dâmocles!

             Eneida Dias de Miranda





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