(*)
Hoje, quero falar do
Blog http://espadadedamocles.blogspot.com.br/,
da amiga Maria de Lourdes Henrique, que o criou “com a pretensão de informar,
conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou
comentados sob uma visão diferente”.
Ainda segundo a blogueira supracitada, "o Blog veio para em
suave pausa suportar o choque de realidade do nosso dia a dia."
Advogada, por formação, também se dedica ao lúdico.
Por achar interessante o nome do seu Blog, fiz a poesia que
segue,
Não conhecia,
mas li
Uma história
interessante
Parece até
uma lenda
Mas é muito
angustiante
Para o
conhecimento de todos
Refere-se à
expressão
“A Espada de
Dâmocles”.
Parábola
moral antiga
Popularizada
por Cícero
Filósofo
Romano de outrora
Em seu livro
Tusculan Disputationes
Escrito em
45,
Ano antigo,
antes de Cristo!
Falava de um
rei tirânico
Que
governava ferrenho
A cidade de
Siracusa
Nos séculos
IV e V
Séculos idos, bem distantes
Quer dizer,
antes de Cristo.
Dionísio II
era o rei
Muito
poderoso e rico
Porém sem
habilidade
Só construiu
inimigos
E vivia
atormentado
Com medo de
ser assassinado.
Era tão
grande o pavor
Que lhe
tirara a paz
Para dormir,
o seu quarto
Por um fosso
era isolado.
E para fazer
a barba
Somente às
suas filhas
Era confiada
a navalha.
Mas como em
toda a corte
Sempre
existe quem bajule
Apareceu
logo Dâmocles
Para não
fugir o dito
E,
demasiadamente, elogiava Dionísio.
Dionísio
arreliado
Quis mostrar
ao que adulava
Um dia só
que fosse
Para ele
sentir o gosto
Da agonia
que o sondava
E da sorte a
si reservada.
Mandou,
assim, Dionísio
Servi-lo com
todo esmero
Em pratos de
ouro e prata
Com comida
selecionada
E todo o
serviçal
De beleza
extraordinária!
Achando tudo
perfeito
Dâmocles se
deliciava
Até que
Dionísio mandou
Uma espada
ser pendurada
Sobre a
cabeça dele
Apenas por
um fio fixada.
Quando deu
pelo que viu
O interesse
perdeu
Por todo
luxo que o cercava
E logo
desvaneceu
Não mais
estava interessado
Abdicando do
posto
De ser tão
afortunado.
De tudo o que se leu
Nessas
linhas aí acima
Serve para
demonstrar
Que a inveja
é destrutiva
Pois nem
tudo que se vê
Não eleva a
própria estima.
Infelizmente
é fato
Que quem
luta por poder
De forma
desmesurada
Se afastando
de todos
Corre o
risco de perecer
Na ansiedade
e nos escombros.
A parábola
que foi lida
Com prosa
aqui nesses versos
Retrata uma
verdade:
O poder até
fascina
Mas se
faltar equilíbrio
A apreensão
é constante
Deixando um
pensar lancinante
De que se
vive a todo instante
Sob a espada
de Dâmocles!
Eneida Dias de Miranda
Eneida Dias de Miranda
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