quarta-feira, 23 de agosto de 2017

OS TEMPOS

Jesus, quão perfeito é saber do seu amor por mim.
Como oleiro me fizeste pura perfeição.
Meu olhar, meu caminhar, meu respirar demonstram a real presença santa em meu viver.
Gratidão deveria ser encerrada a cada movimento, no meu olhar.
Porém, a humanidade nos trai a cada momento.
Entretanto, para o nosso deleite, como coração é destinado aos reverentes, te peço, Jesus,


Que nada nem ninguém me afaste de Vós!


Refastelada estou
Com a existência na vida.
Por Deus foi-me dado muito,
E sou muito agradecida,
Mas continuo buscando
Ainda coisas queridas,
Pois, por mais que abonada,
Ainda me apaixonam
Os prazeres da conquista.
A vitória busco eu
Com afinco e destemor,
Encravada nas virtudes
Que nos faz um vencedor,
Pois é sabor dado à vida
O superar obstáculos,
Desafiando propósitos
E colher os resultados,
Porque às vezes o ensino
Nem sempre tem o destino ao portador acertado.
Importante que o querer
Nasça da necessidade,
Ou quem sabe da vaidade,
Que às vezes pode ser santa,
Espantando a preguiça
A dermonência, apatia,
Que vez por outra apronta.
A Deus, eu peço ainda
Que me dê longevidade,
Saúde e bem-estar
Pra viver com dignidade,
Porque é muito bom viver,

E não me afino com a saudade!



Nos meus tempos de criança,
Há alguns anos atrás,
Se corria, se brincava, mergulhava e areiava
Nas praias, rios e coqueirais.
Era tudo tão singelo,
Iam todos de chinelo
Para a igreja rezar.
Não havia algazarra, vandalismo ou zoada
Aos outros perturbar.
A escola era sagrada
Porque os pais orientavam
Os filhos com pulso forte.
Então todos aprendiam,
Sem pressão ou euforia.
E a professora, formada ou preparada
Era a rainha da sala
E por todos respeitada.
Lento, foi passando o tempo,
E surgindo os eventos
Bem próprios da juventude,
Vieram embalos e paqueras,
Violão com muito canto,
Com um romantismo preciso,
Traduzindo um encanto.
Não me afino com a saudade,
Mas esta realidade
Não nos deixa opção,
Quando se olha para trás,
Impossível não fazer alguma comparação.
O mundo gira ao contrário,
A pressa é o presságio
De total desintegração.
E a gente sente isso,
É em casa, na escola,
Nas brincadeiras escassas,
Não congregam nem afagam,
Quaisquer que sejam os irmãos!







Um comentário:

  1. As crianças de hoje não conhecem as brincadeiras de rua. Só jogos de Internet, etc. Adorei a poesia, retratou a infância sadia...

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