Caiçara
pequenina,
Se parece uma menina,
Que nunca desabrocha,
Pois prefere toda a vida
Viver na pesca e na prosa.
Se parece uma menina,
Que nunca desabrocha,
Pois prefere toda a vida
Viver na pesca e na prosa.
Na pesca do
voador,
Peixe nativo e provedor
De toda a sua gente.
Peixe nativo e provedor
De toda a sua gente.
A prosa fica
por conta
Daqueles que a emprestam sem contenda,
Olhando a Maria Teresa,
Navio que afundou,
E o que é real virou lenda.
O dia nasce e dorme,
E esses, muito orgulhosos,
Vivem a repetir:
Sou de Caiçara do Norte!
Daqueles que a emprestam sem contenda,
Olhando a Maria Teresa,
Navio que afundou,
E o que é real virou lenda.
O dia nasce e dorme,
E esses, muito orgulhosos,
Vivem a repetir:
Sou de Caiçara do Norte!
O farol é
imponente,
As dunas, o vento levou.
Mas, naqueles aos redores,
O morro um dia roncou.
As dunas, o vento levou.
Mas, naqueles aos redores,
O morro um dia roncou.
Antes de o
vento levar,
Naquelas dunas pequenas,
Tão branquinhas e serenas,
E nós, ainda crianças,
Fazíamos uma gritaria,
E aquela brincadeira,
Comportava coreografia.
Naquelas dunas pequenas,
Tão branquinhas e serenas,
E nós, ainda crianças,
Fazíamos uma gritaria,
E aquela brincadeira,
Comportava coreografia.
Um dia essa
cidade
Tão bacana foi pacata,
E a nossa diversão
Era fazer serenata.
A esquina do pecado
Era a praça apreciada.
Tão bacana foi pacata,
E a nossa diversão
Era fazer serenata.
A esquina do pecado
Era a praça apreciada.
Bem perto
fica São Bento,
Como fosse a capital,
Bem cuidada e garbosa,
E num tempo mais remoto
As crianças estudavam
No João Ferreira da Rocha.
Como fosse a capital,
Bem cuidada e garbosa,
E num tempo mais remoto
As crianças estudavam
No João Ferreira da Rocha.
Em Caiçara
fui feliz,
Como sou em todo canto,
E no peito abro espaço
Para um beijo doce e franco!
Como sou em todo canto,
E no peito abro espaço
Para um beijo doce e franco!
(Eneida D M)
*Revisada e
alterada alguns termos do seu original no Livro PERCEPÇÕES.
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