quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

LONGEVIDADE

Um dia eu acordei
Com vontade de poetizar,
Peguei papel e caneta 
E me pus a concretizar.

Sobre o que ia escrever
Isso eu não sabia não,
Decidi mesmo esperar
Pelas ordens do coração.

Pensei falar de amor
E de outros sentimentos,
Também surgiu a natureza
Dentro de tantos eventos.

Aí me veio a oração
Como forma de pedir
Inspiração pra coisas lindas
Eu puder bem transmitir.

Como sempre, a oração
É instrumento que não falha,
E a orientação que veio
Foi falar de muitas falas.

Sorri e segui em frente,
À vontade e exultante,
Poder misturar os temas
É deveras interessante.

Segui e sonhei um dia
Com um mundo de amor, sem guerra.
Acreditem que vivi
O paraíso aqui na terra.

Era tudo muito simples,
Com muita luz e alegria,
As pessoas se olhavam
Com respeito e harmonia.

Nesse dia constatei
Como é valioso o ser,
Porque de lado foi deixado
O famigerado ter.

Auxílios foram trocados,
Compaixão distribuída,
E o que achei mais lindo,
Sim, a gratidão retribuída.

Foi assim, vou definir,
Quer dizer, não tem definição,
A sensação que senti
Foi de amor por cada irmão.

Lembra, foi sonho esse fato,
Mas tenho comigo a fé,
Tudo isso aí “vivido”
Vai ser assim, se Deus quiser!

Quando despertei do sonho
Foi com linda sensação
De poder viver a vida
Com todos nessa união!

Os pássaros cantavam todos
Numa linda sinfonia,
E o amor no coração
Enraizava, florescia, crescia.

O vento trazia a brisa
Terrestre. Pelo sinal,
Os coqueiros balançavam,
Num cumprimento matinal.

O sol às vezes saía
Para logo se esconder.
E esse vai e vem de luzes
Corrobora a lentidão do fazer.

Mas, o despertar, a realidade
São condições que o ser urge,
E a vida seguiu seu curso
No estágio que hoje surge.

Nesse curso a felicidade
Devemos sempre buscar,
Até mesmo os contratempos
Têm algo a acrescentar.

Sabemos que os percalços
Não nos chegam por acaso,
Sempre vêm com o objetivo
De fortalecer nossos passos.

E, nesse diapasão,
Tantos motes vieram à mente,
Quis então aproveitar
E falar logo de gente.

Gente, pessoas, quero dizer,
São essenciais à vida,
Pois com quem compartilhar
O desgosto, a conquista?

Aqui no meu coração,
Com vários compartimentos,
Guardo todos meus amigos
Com carinho e bons sentimentos.

E o trabalho que é arte
Acrescenta e dignifica,
Feliz é a criatura
Que se arvora na lida!

Na natureza ou na indústria,
Nas letras ou no teclado,
Evangelizar é custoso,
Ser artesão é fantástico.

Artista é um coletivo,
Pode ser da mesma espécie,
Com tantos agrupamentos
Uns encantam outros enternecem.

Tem ainda um serviço
Que serve à população,
É o chamado serviço público,
Num leque de atuação.

Todos têm sua importância,
A meu ver, num mesmo nível
Desde que cada um faça
Com prazer, com altruísmo.

A saúde é outro bem
De valor e grandeza rara.
Agradecemos se a temos,
Se não temos, vamos buscá-la.

Viver com saúde é benção,
Estado de espírito decente,
Vamos pedir, fazer por onde
Agradecer com toda ênfase!

Fazer poesia é um bálsamo
É inspiração que nos dá norte,
Se coloca, se externa,
Emoções de todo porte!

Penso até que é diversão,
Que encanta e gratifica
Aos amantes do estilo,
Que em tudo se identifica.

Mas tem entretenimentos outros
De alcances inestimáveis,
Por escolhas exclusivas
Ou de grupos amoráveis.

O poder da oração,
Para os que nela acreditam,
É o sustento maior
Que impulsiona e os animam.

A arte de escrever
Transporta a tantos mundos,
E a vida, como sempre,
Oferecendo um amor profundo.

Cabe a cada ser humano
A escolha, a  ação,
Porque Deus que é magnânimo,
Nos proveu com a criação!

(Eneida Dias de Miranda)






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